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Seguindo as instruções do técnico

       Quando uma porta se fecha, outra se abre. Nessa altura da história surgiu o grande Sebastião Muniz, pai do Lute. Homem de alma limpa e protetor esportivo de uma geração. Fez, em frente à sua casa, um campinho que foi batizado de Campo do Bastião Muniz, onde hoje é o campo do Caldas Tênis Clube. Ali realizávamos grandes jogos e treinos antes de irmos para o campão. Nos treinos do Campo do Bastião Muniz, o Nino não podia passar do meio do campo. Motivo: chutava muito forte.

        

       Não posso deixar de relatar uma cena muito engraçada que ali se passou. O conhecido Carlinho do Doca era menor em relação à nossa turma e, por isso, não podia jogar com a gente. Vivia “enchendo o saco”. Um dia, quando faltou um jogador para o treino, o Bastião mandou o Carlinho ficar no gol. No primeiro ataque do adversário, o atacante escapou sozinho e o Bastião Muniz gritava:

      -Sai, Carlinho, sai, Carlinho!

       Grande goleiro, ao invés de sair para obstruir o atacante, simplesmente liberou a área do gol e deixou a bola entrar. O Bastião gritou:


      -O que é isso, Carlinho?

      E ele respondeu gaguejando:

    - O senhor mandou sair e eu sai.


Por Geraldo Magella de Carvalho
Contos & Pontos , 2001, página 3,

Um comentário:

  1. Eita Bastião kkkkkkkk falhou na comunicação e o Carlinho falhou no gol. Muito bom :)

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