Nossa grande poetisa dedicou-se ao tema "Rosa" e, com o domínio que tinha das palavras e dos versos, ofereceu-nos em vários poemas a sua visão inspirada da flor que é um capricho da natureza.
Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula,
que penso ver, efêmera,
toda a beleza em lágrimas
por ser bela e frágil.
Meus olhos te ofereço:
espelho para a face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula,
serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho...E frágil.
Postado por Amora.doce
E o 4o Motivo da Rosa é lindo também:
ResponderExcluir“Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.”
E, por falar em rosas, tenho uma amiga cujas rosas do seu jardim vivem dando show.
Leda: no momento de escolher qual poema eu postaria, fiquei em dúvida...realmente o 4º Motivo da Rosa é maravilhoso, principalmente o último verso: "por desfolhar-me é que não tenho fim"...isto é que é show de palavras de Cecília Meireles. E por falar em rosas do jardim, eu estive pensando que não conheço fotos suas de rosas. Estão guardadas em segredo?
ExcluirEm se tratando de rosas, deixo as palavras com Cecília Meireles e as imagens com você, Amora. Vocês cultivam as rosas mais lindas!
ResponderExcluirNão conhecia os motivos da Rosa de Cecilia Meireles , mas conheço o poema Motivo musicado por Fagner. Então , fui pesquisar quais e quantos, adorei !!
ResponderExcluirLeda, agora eu sei porque o jardim de rosas da nossa amiga dá show de cor , tamanho e perfume ...é porque ela sabe, de cor, todos os motivos! rs
Queila: que bom você citar a poesia "Motivo" de Cecília Meireles, que foi musicada por Fagner. Deu-me a "deixa" para passar aos nossos leitores também este lindo poema:
ExcluirEu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo, nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço, ou me desfaço,
-não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
mais nada.
Amora, uma sugestão: buscar poesias que foram musicadas, para publicar.
ResponderExcluirÓtima sugestão, vamos buscar sim!
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