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A Princesa e a Rã



                                                                                   Luís Fernando Veríssimo

        Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de autoestima.
       Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
       Então, a rã pulou para o seu colo e disse:  Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
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No espaço reservado aos comentários, complete a história e leia, na próxima semana, o final escrito por  Luís Fernando Veríssimo.
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O final criado por Amora.Doce:
A princesa pensou: "Algo está errado aqui. que eu saiba de meus livros o príncipe estava transformado em sapo. E se esta rã for uma princesa?" Embora nossa personagem fosse moderníssima não era seu ideal ter para sempre ao seu lado outra princesa..
-"E esta conversa de só cozinhar, lavar roupa e criar filhos""
Por fim...decidiu-se e atirou a rã de volta ao lago. Olhou-se ao espelho e confirmou:
-"Estou linda. Posso agora ir ao baile e encontrar-me com o amor de minha vida. Ele já deve estar inquieto com minha demora."
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O da Queila:
Diante da proposta da rã, a princesa parou , pensou e respondeu:
- Será que eu piquei salsinha na tábua dos 10 mandamentos? Que raios de príncipe é você que só tem um castelo , não tem lavadeiras, nem cozinheiras e nem babás? No mínimo uns 250 empregados , castelos e mmuiiitas jóias! Com certeza você está querendo sair do atoleiro em que está. Vá ver se eu estou noutro brejo!! E saiu saltitando pela relva feliz!

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E o de Luís Fernando Veríssimo:
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?… nem morta!

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Sobre o autor:  


Luís Fernando Veríssimo ficou conhecido pelas crônicas de humor publicadas em diversos jornais. Filho do escritor Érico Veríssimo, Luís Fernando trabalhou também como cartunista, roteirista, tradutor e publicitário, além de ser músico. Pode ser considerado uns dos escritores mais populares do Brasil, com mais de 60 publicações, entre crônicas, contos, romances e quadrinhos.
O popular personagem Ed Mort foi apresentado pelo escritor em 1979. O detetive particular chegou a virar protagonista de tira de quadrinhos, com desenhos de Miguel Paiva. Veríssimo também escreveu para a televisão, as séries “Planeta dos Homens” e “Comédias da Vida Privada” tinham quadros de sua autoria.
A linguagem simples e inteligente ficou marcada na obra de Luís Fernando, que costuma utilizar a ironia para tratar de temas delicados.
São obras suas:
O Popular (1973)
As Cobras (1975)
Ed Mort e outras Histórias (1979)
Sexo na Cabeça (1980)
O Analista de Bagé (1981)
A Velhinha de Taubaté (1983)
O Jardim do Diabo (1987)
Comédias da vida Privada (1994)
Comédias da Vida Pública (1996)
Histórias de Humor (1998)
O Clube dos Anjos (1999)
As Mentiras que os Homens Contam (2000)
Borges e os Orangotangos Eternos (2000)
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Por Adele

8 comentários:

  1. A princesa pensou: "Algo está errado aqui. que eu saiba de meus livros o príncipe estava transformado em sapo. E se esta rã for uma princesa?" Embora nossa personagem fosse moderníssima não era seu ideal ter para sempre ao seu lado outra princesa..
    -"E esta conversa de só cozinhar, lavar roupa e criar filhos""
    Por fim...decidiu-se e atirou a rã de volta ao lago. Olhou-se ao espelho e confirmou:
    -"Estou linda. Posso agora ir ao baile e encontrar-me com o amor de minha vida. Ele já deve estar inquieto com minha demora."

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  2. Diante da proposta do rã, a princesa parou , pensou e respondeu:
    - Será que eu piquei salsinha na tábua dos 10 mandamentos? Que raios de príncipe é você que só tem um castelo , não tem lavadeiras, nem cozinheiras e nem babás? No mínimo uns 250 empregados , castelos e mmuiiitas jóias! Com certeza você está querendo sair do atoleiro em que está. Vá ver se eu estou noutro brejo!! E saiu saltitando pela relva feliz!

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  3. Amora e Queila, vocês estão criando textos estilo Luís Fernando Veríssimo. Kkkkkkk...Gostei...

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  4. Nem diga isso: o Luis Fernando sempre foi dos maiores cronistas do Brasil. Estou doida para saber o final da história... E, com a nossa brincadeira de inventar finais, talvez estimulemos nossos leitores a gostarem das ótimas crônicas que existem na literatura brasileira.

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  5. Genial!Em poucas palavras, ele disse tudo, ou seja, já não se fazem princesas tolas como antigamente, rsrsr.

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  6. Não se fazem princesas como antigamente.

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  7. Não se fazem princesas como antigamente.

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